O sensor de temperatura do motor — também conhecido como sensor ECT (Engine Coolant Temperature) — é uma peça fundamental para o bom funcionamento do carro. Quando ele queima ou apresenta falhas, diversos sistemas eletrônicos podem ser afetados, e o motorista começa a perceber sinais anormais no desempenho do veículo.
Neste artigo, você vai conhecer os principais sintomas de um sensor de temperatura queimado, os riscos de continuar rodando com esse defeito e quando é a hora certa de trocá-lo.
O que é o sensor de temperatura do motor?
Esse sensor mede a temperatura do líquido de arrefecimento (água ou fluido do radiador) e envia essa informação à central eletrônica (ECU). Com base nesses dados, o carro regula:
- A mistura de ar e combustível
- O acionamento da ventoinha
- A marcha lenta e a partida a frio
- A exibição da temperatura no painel
Se o sensor estiver queimado, a central passa a receber informações incorretas ou nenhuma leitura, o que compromete o desempenho e a segurança do veículo.
Principais sintomas de sensor de temperatura queimado
Um sensor danificado ou completamente queimado pode gerar uma série de sinais, que muitas vezes são confundidos com outros defeitos. Veja os mais comuns:
🔸 Luz da injeção acesa no painel
A ECU detecta a falha na leitura de temperatura e ativa a luz da injeção (check engine) como forma de alerta. Esse é um dos primeiros sinais visíveis.
🔸 Ventoinha acionando fora da hora
Com o sensor queimado, a ventoinha do radiador pode ligar antes da hora (mesmo com o motor frio) ou simplesmente não ligar — o que pode causar superaquecimento.
🔸 Motor com marcha lenta irregular
A mistura ar/combustível pode ficar desequilibrada, já que a central não sabe se o motor está quente ou frio. Isso causa oscilações ou engasgos na marcha lenta.
🔸 Partida difícil com o motor frio
A partida a frio depende de um bom sinal do sensor. Se a ECU não recebe essa informação, o carro pode demorar para ligar ou não ligar em temperaturas mais baixas.
🔸 Ponteiro da temperatura parado ou marcando errado
Se o sensor for compartilhado com o marcador do painel (caso comum em veículos nacionais), o ponteiro pode travar, não sair do zero ou marcar temperaturas incorretas.
🔸 Aumento de consumo de combustível
Sem saber a temperatura exata, a ECU pode enriquecer a mistura como se o motor estivesse sempre frio, resultando em maior consumo de combustível.
🔸 Superaquecimento do motor
Esse é o sintoma mais grave. Se o sensor não aciona a ventoinha e não envia sinal correto à ECU, o motor pode superaquecer rapidamente, com risco de queima da junta ou empenamento do cabeçote.
Como confirmar se o sensor está queimado?
O ideal é usar um scanner automotivo para verificar se há códigos de erro relacionados à temperatura do motor. Os mais comuns são:
- P0115: Circuito do sensor de temperatura com falha
- P0116: Intervalo de operação do sensor fora do padrão
- P0117 ou P0118: Tensão do sensor fora dos limites
Também é possível testar a resistência do sensor com um multímetro: se não houver leitura ou ela estiver muito fora do padrão (normalmente entre 200 Ω e 3.000 Ω dependendo da temperatura), o sensor pode estar queimado.
O que fazer se o sensor estiver queimado?
A melhor solução é substituir a peça. O sensor de temperatura é barato (entre R$ 60 e R$ 150, dependendo da marca e do modelo do carro) e de fácil substituição.
Dica: sempre use peças de marcas confiáveis como Bosch, MTE-Thomson, Delphi, VDO ou Magneti Marelli. Sensores paralelos de baixa qualidade podem gerar novos problemas rapidamente.
Conclusão
O sensor de temperatura queimado pode causar diversos transtornos, desde falhas na partida até superaquecimento grave. Ficar atento aos sintomas e agir rapidamente é essencial para evitar prejuízos maiores e manter o motor funcionando com eficiência.
Ao menor sinal de falha — como luz de injeção acesa, ventoinha desregulada ou consumo elevado — procure um profissional de confiança ou faça o diagnóstico com scanner.
